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Edição Jornalística – PUC Minas

Política

JAIR BOLSONARO É ENTREVISTADO NO JORNAL NACIONAL; CONFIRA OS PRINCIPAIS MOMENTOS

Candidato à reeleição propaga mais fake news em entrevista

Por: Pedro Barros, Nivaldino Sami e Wagner Lamounier

Na última segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi entrevistado no Jornal Nacional, como parte da roda de conversa com candidatos à Presidência. O programa focou em declarações polêmicas dadas ao longo de seu mandato.

Bolsonaro no Jornal Nacional: siga os principais pontos e análise ao vivo |  O TEMPO
A entrevista registrou 32,3 pontos de audiência, a maior do ano. (Reprodução: G1).

Nós estamos num governo sem corrupção”, diz o presidente após ser questionado se era do partido de centro. Esta é uma das falas que marcaram a conversa com William Bonner e Renata Vasconcellos. A tensão do jornal foi marcada pelas vagas respostas de Bolsonaro aos entrevistadores nos 40 minutos de entrevista. Confira algumas das falsas declarações:

[Em] menos de 48h, cilindros começaram a chegar em Manaus”. A fala diz respeito à falta de oxigênio na capital do Amazonas em 6 de janeiro de 2021. No entanto, o equipamento só chegou a ser distribuído oito dias depois, no dia 14.

Eu não errei nada do que eu falei [sobre a pandemia]”. O presidente divulgou inúmeras fake news em relação à pandemia ao longo de 2020 e 2021, incluindo questionar o uso das máscaras, orientar automedicação de cloroquina e ivermectina e diminuir a importância do isolamento social.

Você [Bonner] não está falando a verdade quando fala em xingar ministro”. Ao negar que tenha xingado membros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro ignora duas ocasiões em que atacou Luís Roberto Barroso e Alexandre Moraes
Criamos o PIX tirando o dinheiro dos banqueiros”. Não há nenhuma comprovação de que a introdução desse meio de pagamento tenha diminuído o lucro das instituições bancárias.

(William Bonner em entrevista: Reprodução/G1)

Especialistas:

Três especialistas ouvidos pela Carta Capital na segunda-feira, 22, destacaram alguns dos assuntos abordados por Jair Bolsonaro durante a entrevista à Rede Globo.

Para Felippe Mendonça, Bolsonaro fez uso de um “jogo de palavras” para que depois “não seja cobrado por ter afirmado que respeitaria as eleições”. Na prática, na visão do professor, o presidente da República reforçou que “somente se ele considerar que se as eleições foram limpas ele irá aceitar’’.

Já para Danilo Martuscelli, também cientista político, Bolsonaro utilizou um discurso ambíguo e evasivo moderado. Quando comparado às suas declarações nos palanques das manifestações, concluiu que, na economia, Bolsonaro “nadou de braçada”.

“Personalidades”:

Agumas personalidades opinaram a favor e contra o atual presidente:

Marcos Petrucelli, escreveu em seu twitter detonando os apresentadores. 


A cantora Anitta, declaradamente apoiadora de Lula nas eleições de outubro, publicou uma foto da mão de Bolsonaro, em que carregava uma “cola” com assuntos que ele pretendia abordar durante a sabatina. A artista apenas compartilhou a foto, mas apagou minutos depois. No Instagram, a musa se limitou a publicar um story com a foto da televisão, mostrando que estava acompanhando a entrevista.

Já o comediante Bruno Motta ironizou com a seguinte frase: “Uai gente a entrevista com Bolsonaro não acabou? Liguei agora (a TV) e ainda to vendo falando de cramulhão, uns gado na tela, umas florestas queimadas’’…

Bruno nota que fez uma publicação e uma imagem de Bonner e Renata enforcando Bolsonaro dizendo o seguinte: “gente foi o Bonner que fez o Bolsonaro virar ditador, denuncie”. 


Próximas entrevistas no JN:

Além de Bolsonaro, os apresentadores do Jornal Nacional entrevistarão mais três candidatos à presidência da República nesta semana. São eles: Ciro Gomes, do PDT (hoje, 23); Lula (quinta-feira, 25) e Simone Tebet (sexta, 26). As entrevistas ocorrem sempre às 20h30min e com duração de 40 minutos.

Eleições:

Faltam 40 dias para as eleições. O primeiro turno será no dia 2 de outubro e os votos serão para os cargos de presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Em caso de segundo turno nas disputas entre presidenciáveis e governadores, a data estabelecida para o voto é dia 30 de outubro. 

(Foto: Reprodução/Internet)

– O que levar?

No dia da eleição, leve um documento oficial com foto: carteira de identidade, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação. Leve também seu título de eleitor, já que nele constam informações sobre a zona e a seção eleitoral. Se preferir, baixe e instale o e-Título. Disponível na Google Play Store e Apple Store. As certidões de nascimento ou de casamento não valem como prova de identidade na hora de votar.

Em caso de informações duvidosas, a Justiça Eleitoral disponibilizou um site de checagem chamado Fato ou Boato.

Para mais informações, acesse o site da Justiça Eleitoral.

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