Alto custo da cesta básica pesa no bolso dos moradores de BH
Com alta de 14,72% da inflação sobre alimentos consumidores tentam driblar os prejuízos
Por Sarah Rabelo, Luís Henrique Gonzaga, Maria Fernanda Machado, Daniela Diniz e Isabella Cerqueira
A inflação dos alimentos e bebidas, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve alta de 14,72% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Belo Horizonte, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou 0,51%, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Os crescentes aumentos foram responsáveis por alterar o padrão de vida dos consumidores e as vendas dos produtores.
A aposentada Maria de Fátima Santos, de 68 anos, garante que o seu estilo de vida mudou com a inflação. Ela afirmou acreditar que “em um país com tantos problemas pós pandemia, o governo deveria estar mais preocupado com isso”.
Cybele Grego, servidora pública de 57 anos, também acredita que o aumento dos produtos nas prateleiras dos supermercados é consequência da pandemia. Para ela, os donos de estabelecimentos “não abaixam o preço quando podem”.
A valorização do mercado global e o câmbio desvantajoso em relação ao Real fez com que a inflação chegasse a 11,89% em um ano, de acordo com o IPCA. Assim, os brasileiros têm reduzido seus hábitos na hora de fazer compras no supermercado.