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Edição Jornalística – PUC Minas

Política

Bolsonaro anuncia criação de novo partido e sua saída do PSL

Aliança Pelo Brasil surge após conflitos com o antigo partido do presidente

Ana Paula Cury, Andreia Lomas, Byanca Madureira, Janaina Oliveira, Luiz Gustavo Rocha e Nathalia Braz

Nesta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro informou sua saída do PSL, Partido Social Liberal, para criar um novo partido denominado Aliança do Brasil. Após ter se reunido no Palácio do Planalto com parlamentares filiados ao PSL, o presidente publicou a notícia em seu perfil oficial do twitter.

Ainda durante seu pronunciamento, Bolsonaro se mostrou arrependido com a escolha de Hamilton Mourão como seu vice. O presidente disse que deveria ter escolhido o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, e não Mourão. As informações são da coluna de Mônica Bergamo.

Conflitos entre Bolsonaro e o PSL

O agravamento da crise entre o PSL e Bolsonaro é um dos principais motivos da decisão do presidente em criar seu novo partido. Uma das causas dessa “briga” entre Bolsonaro e o PSL, é a vontade que os bolsonaristas tinham de ter controle absoluto do partido, mas que era freada pelo atual comandante Luciano Bivar, que garante não entregar de maneira alguma o domínio do partido. 

Além disso, o controle da verba milionária do PSL também causa divergências entre partido e presidente. Antes de Bolsonaro, o partido era pequeno, mas, devido a popularidade do candidato, elegeu a segunda maior bancada da Câmara. Devido a isso, tem direito a grande parte do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (o chamado fundo partidário) e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (o fundo eleitoral).

Por fim, a ameaça de saída do presidente e de alguns deputados do partido gera conflitos entre os personagens. A cúpula do partido estuda a possibilidade de liberar Bolsonaro e cerca de 20 parlamentares, considerados infiéis, caso eles abram mão do dinheiro do fundo partidário. No entanto, esses deputados avaliam uma saída jurídica caso decidam deixar a sigla. Isso porque, assim, correriam o risco de perder o cargo, já que o partido pode recorrer à Justiça Eleitoral se um parlamentar se desfilia sem justa causa. 

Bolsonaro se filiou ao PSL em janeiro de 2018. Segundo o jornalista Helio Gurovitz, a escolha do então candidato se deveu ao fato do partido ter lhe oferecido “condições mais vantajosas para promover sua disputa pelo poder”. Além disso, uma das condições que Bolsonaro impôs ao PSL para se filiar era que, durante a campanha, a presidência do partido fosse ocupada por Gustavo Bebianno, o que de fato ocorreu. Horas depois da eleição, Bivar reassumiu o posto.

Presença nas Redes Sociais

Mais uma vez, o Twitter tornou-se fonte oficial para o presidente da República. A preferência pelas redes vem desde a época de campanha, onde conseguiu mover uma legião de apoiadores e divulgar os seus pareceres. Após vencer as eleições, a rede social é o seu principal meio de divulgação de notas e decisões. 


Com a criação do novo partido, Jair Bolsonaro começou a campanha de divulgação dos perfis do “Aliança pelo Brasil”. O filho do presidente e senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, divulgou o novo partido do pai e do qual também faz parte. 

Carlos Jordy, um dos apoiadores do presidente nessa nova jornada, publicou uma foto em seu perfil oficial com a bancada de deputados federais do Rio de Janeiro, Chris Tonietto, Marcio Labre, Luiz Lima, Daniel Silveira, Professor Joziel e Major Fabiana.

Um dos pivôs dos conflitos entre o presidente e o PSL, a deputada federal Joice Hasselmann publicou em seu perfil no Twitter sobre a sua oposição a Jair e comemora a saída de Bolsonaro e aliados do novo partido.







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