Capital mineira comemora título de Cidade Criativa da Gastronomia
O reconhecimento internacional foi anunciado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em Paris, na última quarta-feira, 30 de outubro
Uma ligação se tornou inevitável. Pensou em Minas Gerais, logo vem à cabeça os tradicionais pratos que só aqui tem. No aeroporto já é possível sentir aquele cheirinho bom de café coado e do legítimo pão de queijo com sabores exclusivos de Minas. E não para por aí. Tem tropeiro, queijos e os melhores quitutes do interior.
Que isso tudo é de dar água na boca todo mundo já sabe. Mas mais que um prato saboroso e tradicional, a cozinha mineira conta histórias e vem carregada de lembranças dos “causos” que a avó contava, dos acontecidos de anos atrás, Aquele tipo de conto que, em uma boa roda de conversa, faz qualquer um esquecer o celular e sentar em volta de um fogão à lenha para render a boa prosa. Quer um ambiente mais gostoso do que a mesa da cozinha da casa dos avós para recordar as boas coisas da vida?
No interior o domingo é o dia do frango, seja ele como for, frito, ensopado, com cansanção ou ora pro nobis, assado ou com quiabo, lá ele está. O frango com quiabo e angu é um dos pratos com maior característica mineira, uma delícia que no inverno fica ainda mais gostoso.
Sua origem é o retrato da Mistura do Brasil. O frango tem origem europeia, e o quiabo aqui teria chegado juntos dos escravos, o angu nada mas é que uma mistura de fubá com água, com o passar do tempo, a receita foi mudando, para os paulistas o angu de Escravo se tornou polenta, adicionando o tempero na massa e molho a bolonhesa.
Mas, independentemente da receita, esses pratos trazem á memória as farras de domingo, os contos de família, e as gargalhadas compartilhadas com os amigos. A cozinha mineira é assim: além de alimento, é acalento.
Por: Weigley Adriano