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Edição Jornalística – PUC Minas

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Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: confira os destaques do festival

Evento exibiu produções de 96 nacionalidades; conheça os filmes premiados

Estêvão Valentim, Giovanna de Souza, Izabelly Rigueira, Lara Aguiar e Pedro Januzzi

Dos dias 19 de outubro a 1º de novembro, a capital paulista sediou a 46ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ao todo, foram exibidos 362 filmes de 96 nacionalidades. As sessões ocorreram em 24 salas de cinema da cidade, além de espaços culturais e exibições ao ar livre.

Alguns títulos selecionados pela curadoria do festival também foram disponibilizados de forma gratuita nas plataformas de streaming Itaú Cultural Play, Sesc Digital e Spcine Play para que cinéfilos de todo o Brasil pudessem acompanhar o evento. A programação completa pode ser conferida no site oficial da Mostra.

O jornalista e crítico de cinema Renato Silveira explica que o evento traz um retrato do que é o ano no cinema. “Você tem os melhores filmes brasileiros ali, os melhores filmes internacionais, então, é por isso que é uma mostra tão atrativa para o público, porque você tem a oportunidade de ver durante duas semanas, vamos dizer assim, o essencial do cinema naquele ano”.

O cinema nacional foi representado no festival com grandes títulos, como Mussum, o Filmis, do diretor Silvio Guidane. O filme estrelado por Ailton Graça já havia conquistado seis premiações no Festival de Gramado, sendo a principal o troféu de Melhor Filme. Além disso, Meu Sangue Ferve Por Você, de Paulo Machline, foi outra obra bem recebida pelo público no evento.

Outro grande momento dessa edição foi a exibição do filme 25, dirigido por Zé Celso e Celso Luccas, que foi originalmente revelado na primeira edição do evento, em 1977. A sessão foi uma homenagem ao dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, que morreu em julho, vítima de um incêndio.

Enquanto isso, alguns destaques internacionais do evento vão para os filmes Anatomia de uma Queda (Anatomie D’une Chute) – vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes – Maestro, dirigido por Bradley Cooper e O Mal Não Existe, do diretor japonês Ryusuke Hamaguchi. O festival ainda exibiu 15 títulos estrangeiros indicados por seus países de origem para concorrer nas indicações do Oscar de melhor filme internacional.

Um dos momentos mais aguardados do festival foi o anúncio do filme brasileiro selecionado para fechar um contrato com a Netflix, que vai adquirir seus direitos de distribuição e exibir o longa para mais de 190 países. O grande vencedor foi a produção Saudade Fez Morada Aqui Dentro.

“A grande importância da Mostra é essa: ela tem esse clima de reunir o cinema e os cinéfilos. Para o cinema independente ela é extremamente importante. É essa grande vitrine, onde os filmes vão ser mais vistos. Na Mostra está tudo reunido. As pessoas podem ver no cinema, cinemas bons, boas projeções. […] Mas é muito bom, pra quem gosta de cinema é um evento imperdível!”

– Renato Silveira

A cerimônia de encerramento da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, realizada no Espaço Petrobras da Cinemateca Brasileira, contou com uma exibição especial de Ferrari, do diretor Michael Mann, apresentada pelo ator brasileiro Gabriel Leone, que faz parte do elenco estrelado do longa, ao lado de nomes como Adam Driver e Penélope Cruz. Além disso, foram entregues os prêmios do Troféu Bandeira Paulista aos filmes vencedores, escolhidos pelo júri e pelo público. 

Filmes premiados

A imprensa especializada entregou o Prêmio da Crítica de melhor filme brasileiro para O Dia que Te Conheci, do diretor mineiro André Novais Oliveira. Enquanto isso, Afire, de Christian Petzold, foi eleito como o melhor filme estrangeiro do evento. 

Na categoria Novos Diretores, os filmes mais votados pelo público foram Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys, como melhor documentário, e Quando Derreter, de Veerle Baetens, como melhor filme de ficção.

Já no Prêmio do Público, nas categorias estrangeiras, La Chimera, de Alice Rohrwacher, foi votado como melhor filme de ficção, e Da Cor e da Tinta, de Weimin Zhang, como o melhor documentário. Por fim, A Metade de Nós, de Flávio Botelho recebeu o troféu de melhor filme de ficção brasileiro e Somos Guardiões, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman foi premiado como melhor documentário nacional e recebeu o troféu Cultures Of Resistance (Creative Activism Award).

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