Moda expressa: consumo, acesso e os aplicativos de roupa de baixo custo
Isabella Martins, Lauro Moura e Regina Moraes
Depois da febre das lojas de departamentos e dos shopping centers, é chegada a era do fast fashion, que visa atender à voracidade de consumo descartável de roupas e acessórios pela classe média brasileira. O fast fashion é um modelo de industrialização da moda que privilegia a manufatura rápida de matéria-prima acessível e que é produzida explorando a mão de obra barata em países asiáticos.
Se por um lado, este modelo de produção e consumo de moda, destinado a uma parte da população que antes não tinha acesso a tendências, permitiu que novos públicos alcançassem o mercado fashion brasileiro. Comercializa uma grande quantidade de roupas, reciclando conceitos e usando material de baixo custo. Por outro lado, a humanização do trabalho e o meio ambiente tendem a pagar cada vez mais caro por essa nova concepção de moda no Brasil e no mundo.
O aumento do varejo online, principalmente durante a pandemia da Covid-19 mas também no pós-pandemia, cresceu 52% entre 2020 e 2021, propiciando a disseminação de diversos aplicativos de market place. Esses shoppings virtuais oferecem desde cosméticos e acessórios até roupas e sapatos para todos os gostos e idades por um preço bem mais em conta do que custaria normalmente em lojas físicas ou pelas grandes marcas.
Em nosso podcast, vamos conversar um pouco sobre esse mercado ao mesmo tempo predatório, mas cada vez mais impulsionado até mesmo pelos chamados influenciadores e por um público digital que cresce em números e cifras todos os dias.
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