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Edição Jornalística – PUC Minas

Política

Bolsonaro é indicado a depor na CPI da Covid; entenda:

Randolfe pede convocação de Bolsonaro e revolta governistas

por Anna Bracarense, Bianka Reinhardt, Cristiane Cirilo, Fernanda Bertollini, Marianna Ferry e Mathias Samer

Senadores durante sessão da CPI da Covid. Edilson Rodrigues/Agência Senado – 20.mai.2021

Na quarta-feira, (26/05/2021), o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da COVID, apresentou um requerimento para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja convocado para depor na CPI, na intenção de que ele se explique sobre a atuação do governo federal durante a pandemia.

Não é certo que o presidente da República venha a depor, o pedido não foi apreciado pela maioria dos governistas. Todavia, Rodrigues afirmou que, apesar de o art. 50 da Constituição não permita a convocação dessa autoridade, também não permite que governadores deponham. Mas, com a convocação de nove governadores, para o vice-presidente da CPI abriu-se uma brecha para que Bolsonaro seja convocado.

O pedido causou revolta por parte dos governistas, que disseram ser uma estratégia para proteger os governadores. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) classificou o pedido de Randolfe como uma piada. Isso fez com que o vice-presidente se sentisse desrespeitado. Para ele, se os governadores podem ser convocados, nada mais justo que o presidente da República também seja.

Governadores serão ouvidos

A CPI atendeu a pressão dos senadores bolsonaristas e convocou nove governadores para depor. Eles são: Antonio Denarium (sem partido-RR), Helder Barbalho (MDB-PA), Wilson Lima (PSL-AM), Marcos José Rocha dos Santos (sem Partido-RO), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Mauro Carlesse (PSL-TO), Carlos Moisés (PSL-SC), Waldez Góes (PDT-AP) e Wellington Dias (PT-PI).

Além dos nove governadores, também foi chamado para depor o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A CPI também chamou para depor, novamente, o ex-ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e o atual ministro da pasta, Marcelo Queiroga.

Os critérios para a convocação foram: ter uma investigação em aberto pela Polícia Federal, mas os governadores ainda podem recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) e serem liberados.

Dimas Covas depõe

Nesta quinta-feira (27/05/2021), a CPI ouviu Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Segundo ele, os investimentos para a vacina começaram em abril de 2020, quando foram aplicados mais de meio bilhão de reais.

Covas disse que as primeiras ofertas de vacina ao Ministério da Saúde foram feitas em julho de 2020, quando de fato começou a ser testada no Brasil, mas não houve resposta de imediato, e o governo só fechou contrato em fevereiro deste ano. Ainda de acordo com ele, as dificuldades impostas pelo governo atrasaram a vacinação de milhões de brasileiros.

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