Inflação do Brasil desacelera em abril, mas ainda tem alta acumulada de 6,76% em 12 meses
por: Paulo Rezende, Felipe Quintella, Bernardo Gobira, Bernado Caldeira, Victor Silveira e Marcelo de Angelis
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,31% no mês de abril, na comparação com o mês anterior. Em março o resultado havia sido bem maior, de 0,93%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na terça-feira (11).
O resultado de abril ficou levemente acima da mediana de estimativas das 35 instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de uma alta de 0,29%.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,37% e, nos últimos 12 meses, em 6,76%, o que deixa o IPCA acima do teto da meta do governo e do Banco Central para este ano, que são de 5,25% e 3,75%, respectivamente.
O grupo de saúde e cuidados pessoais teve a maior alta no período de registro, influenciado pelo crescimento nos preços dos produtos farmacêuticos (2,69%).
“No dia 1.º de abril, foi concedido o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. Normalmente esse reajuste é dado no mês de abril, então já era esperado”, diz o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Em outro ponto de destaque, após dez meses seguidos de alta, a gasolina teve a primeira queda de preço, com deflação de 0,44%. O grupo de Transportes, que vinha impactando negativamente, foi o único que recuou no mês de abril.