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Edição Jornalística – PUC Minas

Esporte

[JFest 2021] MESA 3 – O MOMENTO ATUAL DO JORNALISMO ESPORTIVO E CENÁRIOS PÓS-PANDEMIA

por Mathias Samer, Aissa Macedo, Matteos Moreno, Hellen Costa

A primeira mesa do período da tarde do JFEST 2021 falou sobre o momento atual do jornalismo esportivo e o cenário pós-pandemia. Os convidados foram: André Kfouri (ESPN/ O Globo), Guilherme Frossard (ex-aluno da PUC Minas e jornalista da Rede Globo), Renata Mendonça (Dibradoras / Rede Globo) e Renato Senise (DAZN Europa). Abrindo a mesa, o professor e coordenador do curso de jornalismo da PUC São Gabriel, Getúlio Neuremberg mediou o bate-papo.

“Tivemos que nos adaptadar, e com essa adaptação novas formas de trabalhar surgiram.”

André Kfouri

Entre os tópicos iniciais, o assunto abordado foi a situação dos locais de trabalho quando a pandemia foi declarada. Abrindo a roda de conversas, André Kfouri fez o seu comentário, relembrando os primeiros movimentos que a redação da ESPN fez na época. “Eu fui o responsável por ler o comunicado ao vivo dizendo que todos iriam para casa. Tivemos que pensar em uma grade de emergência e depois em como continuar a programação de casa”, contou.

@KfouriAndre – André Kfouri

De fato, segundo André, os primeiros dias foram difíceis para se pensar sobre como seguiria a programação, mas a salvação veio com a tecnologia e a capacidade de se comunicar sem atraso e sem perda de qualidade ou interação com qualquer pessoa no mundo, por meio da internet e seus programas de reunião. Em comum, as falas dos participantes foram em torno da adaptação que o Jornalismo esportivo precisou nesse momento e as possibilidades futuras de trabalho em parceria com plataformas.

Renata Mendonça trouxe um paralelo entre o esporte masculino e feminino; enquanto os homens na pandemia conseguiram treinar em casa, as mulheres não tinham um quintal que possibilitasse que elas continuassem o seu treinamento, como foi o caso que envolveu dois jogadores do São Paulo: Pato e Gláucia. Ainda comentou sobre como as meninas ficaram apreensivas de não poderem treinar mesmo com a chegada da Olimpíada, que posteriormente foi adiada.

O assunto envolvendo a logística de times do interior e os jogos do campeonato paulista acontecendo em Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro, também foi pauta de seu discurso.

@renata_mendonca – Renata Mendonça

Em relação ao trabalho internacional, Renato Senise, que está na Inglaterra a serviço do DAZN e outras emissoras inglesas, contou que, para ele, a pandemia chegou mais cedo e houve uma grande discussão no país envolvendo a parada da Premier League (principal campeonato de futebol do Reino Unido) e suas consequências. Não se tinha uma dimensão até então de quantas pessoas poderiam ser impactadas pela paralisação de algo tão importante como o evento. Assim como André Kfouri, ele ressaltou a adaptação dos jornalistas em relação às entrevistas por vídeo e como será o fazer jornalístico daqui em diante, mesmo com a volta do mundo “ao normal”.

@renato_senise – Renato Senise

“Aqui no Reino Unido morreram 4 pessoas nas últimas 24 horas e nenhuma foi na Inglaterra, o que mostra um cenário totalmente diferente do Brasil, apesar de já termos passado da fase de brigas políticas”

Renato Senise

Já Guilherme Frossard contou como foi quando recebeu a notícia de que não poderia ir mais à Cidade do Galo, logo após um dia de trabalho marcado pela apresentação de Jorge Sampaoli no Atlético Mineiro. Falou sobre como o futebol parece um mundo paralelo e que, mesmo assim, quando é impactado pela pandemia, as pessoas percebem que esse mundo paralelo faz parte do mundo delas.

@guifrossard – Guilherme Frossard

Um grande consenso entre todos é que é muito mais fácil ser jornalista esportivo nessa pandemia do que um jornalista político, por exemplo, já que você não precisa ter medo de ser desmentido, ser atacado, não precisa estar in loco todos os dias e ficar exposto ao vírus. O que se percebe entre as falas é a questão de você ser um bom jornalista, antes de ser jornalista esportivo. 

Os alunos da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) puderam fazer perguntas aos convidados ao final da mesa. O momento foi uma oportunidade única para os estudantes, que puderam aprender ainda mais sobre as rotinas das redações; as mudanças e impactos do novo coronavírus na profissão; e, o uso das novas tecnologias no dia a dia de grandes veículos de imprensa durante a cobertura esportiva. Para conferir na íntegra a conversa clique aqui

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