CBF retira candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2023
Falta de garantias por parte do Governo Federal foi um dos principais motivos para a saída do Brasil da disputa
(Rogério Caboclo, presidente da CBF, ao lado do presidente Jair Bolsonaro – Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Por Giovana Miroslava, Guilherme Carneiro, Luana Ferreira, Sabrina Rodrigues.
Em nota divulgada nessa segunda-feira, 8 de junho, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a retirada da candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2023. Segundo a CBF, a decisão foi tomada após a análise de vários fatores, entre eles a falta de garantias do Governo Federal e outras partes envolvidas na realização do evento devido à pandemia da Covid-19.
Segundo a nota, o Governo Federal elaborou uma carta de apoio institucional à FIFA, na qual garantiu que o país está absolutamente apto para receber o evento do ponto de vista estrutural, como já fez no passado. Entretanto, ressaltou que não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela FIFA, devido ao cenário de austeridade econômica e fiscal causado pela pandemia.
“Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro”, declarou o órgão.
Além disso, outro motivo para a retirada da candidatura foi a percepção de que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil (Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo FIFA 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Conmebol Copa América 2019 e Copa do Mundo FIFA Sub-17 2019) poderia não favorecer o Brasil na votação no próximo dia 25 de junho, mesmo sendo “provas incontestáveis de capacidade de entrega”.
Agora a CBF apoia a candidatura da Colômbia na disputa para ser sede da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023, que passou a ser a única candidatura da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), aumentando as chances sul-americanas na votação.