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Edição Jornalística – PUC Minas

Economia

Inflação e Selic: entenda como esses índices afetam sua rotina

Boletim do Banco Central registra aumento pela quarta semana consecutiva; previsão de IPCA chega a 5,6% em fevereiro

Jenifer Costa e Roniara Silva

Nesta segunda-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou as projeções mais recentes do mercado financeiro nacional, através do Boletim Focus. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o principal termômetro da inflação no Brasil, passou de 5,58% para 5,6%. O resultado supera o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual.

Para conter a escalada dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem ajustado a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 13,25% ao ano. A previsão é de que novos aumentos possam ocorrer nos próximos meses.

  • O que é o IPCA?

O IPCA, sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, mede, mensalmente, a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda de até 40 salários mínimos. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA serve como referência para o Banco Central no estabelecimento de metas de inflação e na definição da taxa Selic.

Esta cesta inclui produtos como alimentos, bebidas, combustíveis, gás de cozinha, transporte, educação, saúde e vestuário, entre outros itens essenciais ao dia a dia do consumidor.

  • Qual a relação entre a Selic e o poder de compra?

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia diretamente os custos de empréstimos, financiamentos e investimentos. Quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando o consumo e a produção. Por outro lado, uma taxa elevada encarece o crédito, desestimula o consumo e ajuda a conter a inflação.

De acordo com os membros do Copom, o aumento dos juros busca estabilizar os preços, melhorar os índices de emprego e evitar uma estagnação econômica. A desvalorização do real frente ao dólar e as incertezas no cenário internacional, especialmente diante das tensões políticas e econômicas nos Estados Unidos, também foram fatores que influenciaram a decisão.

Embora o aumento da Selic tenha como objetivo principal conter a inflação, ele também pode ter reflexos negativos sobre a atividade econômica. Com juros mais altos, o crédito fica mais caro, impactando o consumo das famílias e os investimentos das empresas.

Por exemplo, o financiamento imobiliário, que utiliza a Selic como referência, tem suas parcelas reajustadas, tornando o sonho da casa própria mais distante para muitas pessoas. Da mesma forma, empréstimos pessoais e financiamentos de veículos também são afetados.

Diante das projeções de inflação em alta e o cenário internacional incerto, consumidores e empresários devem redobrar a atenção e se preparar para eventuais desafios nos próximos meses. O comportamento dos indicadores econômicos seguem no centro das atenções e as novas medidas do Banco Central geram expectativa no mercado e população.

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