Conexão 13

Edição Jornalística – PUC Minas

CinemaCulturaEntretenimento

Nomadland – Crônicas do Oscar: análise dos filmes vencedores (2022-2016)

Por: Caio Félix, Eduardo Camargo e Felipe Gomes

Nomadland

Ficha técnica: 

Título (em português): Nomadland

Ano: 2020

País: Estados Unidos

Gênero: Drama

Duração:108 minutos

Diretor: Chloe Zhao

O filme se utiliza do pano de fundo da Grande Recessão de 2008, quando a quebra de diversas bolsas de valores ocasionou altos índices de desemprego nos EUA. A personagem principal, então, embarca numa jornada nômade de desapego aos bens materiais. Ao conhecer outros com o mesmo propósito, Fern descobre mais sobre si mesma, ao mesmo tempo em que sente na pele os dramas e dores daqueles ao seu redor. 

Nomadland acerta em evocar as angústias profundas vividas por uma parcela enorme da população americana, que vive em situação de vulnerabilidade e pobreza. Ainda se nota o contraste entre uma vida privilegiada focada em bens materiais e um panorama totalmente distinto, em que a falta de regalias força qualquer pessoa a olhar mais para as questões humanas. Frances McDormand, que interpreta Fern, é a mais nova prova viva de que se entregar completamente ao personagem é a fórmula certa para uma boa atuação. A atriz viajou por cinco estados norte-americanos com a equipe de produção, utilizando-se de locações reais para cada cena. Isso não só enriquece a produção, como também adiciona mais uma camada de complexidade ao que os personagens estão sentindo. 

A 93ª cerimônia do Oscar aconteceu em dois lugares de Los Angeles, devido à pandemia de Covid-19. Nomadland foi indicado a seis prêmios e concorreu com os principais nomes, entre eles O Pai, Mank, Judas e o Messias negro, O som do silêncio, entre outros nomes. Além de melhor filme, Nomadland garantiu também Oscar de melhor atriz para Frances McDormand e de melhor direção para Chloé Zhao, entre outros muitos prêmios que o longa conquistou.

Nomandland é, acima de tudo, um filme para refletir. Não há grandes pretensões revolucionárias para a história do cinema, mas sim de trazer uma perspectiva intimista que convida para uma honesta reflexão sobre a forma como levamos a vida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *