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Edição Jornalística – PUC Minas

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Indústria de games evolui como a maior do entretenimento no Brasil

Por Bernardo Lucas, Maria Clara Soares, Otávio Loureiro, Rafael Silva e Vitória Von Bentzeen

O mercado de games vem crescendo vertiginosamente no cenário nacional e tem se tornado uma realidade no dia a dia de muitos brasileiros. Embora trate-se de jogos, mundos virtuais vividos nos computadores e smartphones, dentro da indústria do entretenimento o mercado de games é o maior segmento de todos, faturando mais do que a indústria do cinema e da música juntas. No Brasil, atualmente, são 8,6 mil jogadores e para muitos deles os videogames já deixaram de ser um passatempo, um lazer, e se tornaram uma profissão. A expectativa é de que esse número aumente cada vez mais, por causa do grande investimento e popularidade nos eSports no Brasil e no mundo.

Segundo a consultoria Newzoo, o Brasil é o maior mercado de games da América Latina, com uma receita estimada de R$11 bilhões e um crescimento previsto de 6% em 2022. Além de se destacar na contratação de profissionais especializados para a indústria, o país ainda tem uma boa parcela de jogadores ativos. Dados da nova edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), principal levantamento do setor, indicam que 74,5% da população brasileira jogam jogos eletrônicos, marca histórica desde o início do estudo. O índice teve aumento de 2,1 pontos percentuais quando comparado a 2021. Diante desse cenário, grandes empresas do mercado de games e tecnologia como a Microsoft, Sony e mais recentemente a gigante chinesa Tencent, vêm aumentando significativamente seus investimentos no país.

Em um bate-papo com as jornalistas Vitória Von Bentzeen e Maria Clara Soares, o jogador profissional de Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) e integrante da equipe Fúria, Bruno Rodrigues, falou sobre o seu processo de profissionalização, sua rotina e também suas expectativas para o futuro do mercado de games no Brasil. Segundo o atleta, a carreira não é fácil, são longas horas de treino durante a semana e campeonatos nos fins de semana. “Bruninho” explicou que não era possível conciliar os treinos com a rotina escolar, então chegou a dar uma pausa nos estudos, que foram retomados posteriormente. “Chegou um momento em que eu tive que largar a escola para só focar no jogo”, disse sobre sua ascensão ao profissional. “Tem que ter uma cabeça firme se não você se perde no meio do caminho.” 

Sobre a decisão de virar profissional, Bruno disse: “no começo eu não tinha essa mentalidade (de virar profissional), eu jogava só porque eu gostava mesmo”, – mas hoje sonha alto – “quero chegar perto do que o Fallen foi”. Gabriel “FalleN” Toledo é um dos mais conhecidos jogadores de CS: GO, sendo eleito pela revista Forbes como uma das personalidades mais influentes dos games, em uma lista chamada de “30 Under 30: Games”.

Confira a entrevista na íntegra:

E não apenas os jogadores vêm tendo oportunidades nesse universo, com o crescimento do setor dos games, profissionais de diversas outras áreas estão em alta em um mercado de trabalho com mão de obra especializada e que não para de crescer. Segundo estudo realizado pela Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais), o Brasil tem 1.009 estúdios de games, há quatro anos esse número era de 375. Esses estúdios, responsáveis pelo desenvolvimento dos jogos eletrônicos, têm uma composição multidisciplinar, contando com artistas visuais, desenvolvedores da área de programação e tecnologia, designer de plataforma, programador, arquiteto de informação, analista de sistemas, engenheiro de software, designer de narrativa, designer de áudio, entre outros. 

Disciplina: Laboratório de Jornalismo Especializado

Coordenação: Getúlio Neuremberg



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