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Edição Jornalística – PUC Minas

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Parasita – Crônicas do Oscar: análise dos filmes vencedores (2022-2016)

Por Caio Félix, Eduardo Camargo e Felipe Gomes

Parasita

Ficha técnica: 

Título (em português): Parasita

Ano: 2019

País: Coreia do Sul 

Gênero: Drama, Thriller 

Duração: 132 minutos

Diretor: Bong Joon-ho

O filme Parasita é um drama dirigido por Bong Joon-ho, que conta sobre uma família de sul-coreanos extremamente pobres apresentados para o público como Kim Ki-taek (Song Kang-ho), o pai, a mãe Chung-Sook (Jang Hye-Jin), a filha Ki-jung (Park So-dam) e o filho KI-woo (Choi Woo-shik), que tem suas vidas cruzadas com uma família rica. O longa começa a se desenvolver quando KI-woo recebe o convite de um amigo para dar aulas de inglês à Da-hye (Jung Jo-so), filha mais velha da requintada família. Porém, desde a primeira cena, tudo que envolve a família Ki-taek se caracteriza como manobras ilícitas. O grande auge dessa situação  é quando começam a fazer o currículo falso para KI-woo, no objetivo de ser contratado como professor de inglês da jovem rica. Durante o filme, é perceptível que todas essas ações ilegítimas são maneiras que a família Ki-taek utiliza para conquistar dinheiro. 

 Com o desenvolvimento do filme, Ki-woo consegue esse novo emprego. Ao chegar na casa de sua aluna, ele nota como são ricos e busca colocar em prática um plano de empregar todos os seus parentes na casa da família Park, em busca de melhorar a situação financeira de seus familiares. Esse projeto torna-se real quando Woo coloca sua irmã como instrutora do filho mais novo, que depois pensa em um plano para colocar seus pais também. Após este acontecimento, com todos de sua família contratados, Ki-woo vive vários acontecimentos, e o filme é marcado por vários mistérios, tensões e plot twists. 

O filme, além de apresentar uma estrutura narrativa fora do comum, dá um peso enorme à crítica social. Enquanto em “Expresso do Amanhã” (2013), o diretor Bong Joon-ho faz uma menção inconfundível e espalhafatosa às desigualdades sociais presentes no sistema capitalista, aqui a crítica é muito mais intimista. 

Em Parasita, o diretor se aprofunda em personagens de diferentes classes sociais na forma como lidam com problemas e causalidades cotidianas para abordar o tema da natureza humana. No filme, não há mocinho ou vilão: tudo se mistura numa espécie de alusão às nuances éticas de cada situação. 

E quando o assunto é personagens, os atores também não decepcionam, levando ao último nível a ideia de que nada pode ser o que parece. A direção inovadora não erra em preparar com maestria cada reviravolta utilizando seus personagens.

O filme concorreu com 1917, Ford vs Ferrari, Coringa, O irlandês, entre outros. E para a surpresa de muitos, todos foram desbancados e Parasita de Bong Joon-ho foi eleito o melhor filme do ano de 2020. Não só ganhando como o melhor filme do ano, mas também o Oscar de melhor direção, melhor roteiro original e melhor filme internacional, entre outros muitos prêmios. Parasita bateu os veteranos de Hollywood, quebrou recorde e virou o maior vencedor de Oscar de um filme estrangeiro.

Não restam dúvidas de que quando o assunto é cinema a Coreia do Sul vem conquistando seu tão suado espaço em meio a tantas produções hollywoodianas que seguem uma única fórmula.

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