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Edição Jornalística – PUC Minas

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Seleção Brasileira no Mundial de Vôlei masculino: preparação, convocação e expectativa

Após finalizar a preparação para a estreia no Campeonato Mundial, o Brasil enfrentará Cuba, nesta sexta-feira (26), na cidade de Ljubliana, na Eslovênia

Foto: Marina Ziehe / Comitê Olímpico do Brasil

Por Lucas Marra, Pedro Leite e Sofia Gontijo

Nesta semana, o Brasil finalizou a preparação para o Campeonato Mundial. No torneio, o primeiro jogo pela fase de grupos será contra Cuba, nesta sexta-feira (26). Em seguida, a Seleção encara Japão e Qatar. O campeonato será disputado em duas sedes: Eslováquia e Polônia, e tem a final marcada para o dia 11 de setembro. 

No último amistoso antes do início do torneio, o Brasil foi superado pela França, com parciais de 25-17, 25-17, 25-22 e 25-19. Por ser um jogo treino, quatro sets foram disputados. Os dois times começaram com os principais jogadores do elenco, mas, ao longo da partida, os reservas foram utilizados.

Após o duelo, em nota, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), publicou a análise do capitão Bruninho sobre o amistoso: “Para nós era importante ganhar ritmo de jogo, mas o resultado não foi o que esperávamos. Tivemos dificuldade em manter uma regularidade, uma consistência nos fundamentos. Falta ainda uma semana para a estreia do Mundial. Temos que continuar trabalhando com os pés no chão”.

Convocação

Alguns atletas brasileiros foram cortados da lista por lesão. São desfalques na convocação os opostos Alan, do Apan/Eleva Blumenau, que rompeu o tendão de aquiles na Liga das Nações, e Franco, do Vedacit Guarulhos, que pediu dispensa após lesão no cotovelo.

Para repor as perdas, Dal Zotto convocou os opostos Darlan, do SESI-SP, jovem de 20 anos, e Felipe Roque, do Vôlei Renata, que retorna após rompimento no ligamento do joelho. Dadas as circunstâncias, o técnico também chamou o experiente Wallace, do Sada Cruzeiro, que havia anunciado aposentadoria da Seleção após as Olimpíadas de Tóquio, mas aceitou retornar para suprir a carência de opostos.

Confira a provável convocação da Seleção Brasileira para o campeonato:

Levantadores: Bruninho, Fernando Cachopa

Opostos: Wallace, Darlan e Felipe Roque

Ponteiros: Lucarelli, Leal, Adriano e Rodriguinho

Centrais: Lucão, Flávio e Leandro Aracaju

Líberos: Thales e Maique

O Brasil passa por processo de renovação desde a derrota nas Olimpíadas de Tóquio, em agosto. Apenas sete jogadores são remanescentes em relação à convocação para o Japão. São eles: Bruninho, Fernando Cachopa, Wallace, Lucarelli, Leal, Lucão e Thales.

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

Time sob pressão 

Desde o 4° lugar nas Olimpíadas de Tóquio, a Seleção masculina de vôlei vem sendo alvo de críticas. A campanha decepcionante para uma equipe considerada favorita colocou à prova o trabalho do técnico Renan Dal Zotto.

Durante o ciclo olímpico, as escolhas da comissão técnica foram muito criticadas. Por opção, o técnico brasileiro convocou o líbero Thales ao invés de Maique, o que gerou indignação por parte de torcedores e da imprensa. Além disso, coletivamente, a queda de rendimento do time durante as partidas causou viradas e derrotas não planejadas. Após o revés para a Argentina, o capitão e levantador Bruninho se pronunciou. 

“Aconteceu uma inconstância em toda a competição. Fizemos ótimos sets, outros não tão bons e não conseguimos essa medalha que nós prometemos lutar até o último ponto.

Tínhamos certeza que conseguiríamos, e a frustração é muito grande. Foi um ciclo olímpico difícil. Conseguimos bons resultados, mas não conseguimos a medalha que sonhamos. Temos que assumir as responsabilidades e seguir em frente”, disse o levantador.

Revezamento de líberos

Além do baixo desempenho da equipe em quadra, o comandante Renan Dal Zotto tem precisado administrar outra situação. O rodízio de líberos adotado pela comissão técnica desagrada tanto Maique quanto Thales, jogadores da função convocados frequentemente. Enquanto o primeiro é utilizado no momento da defesa, o segundo entra para potencializar o passe do time.

Ambos os atletas se pronunciaram e demonstraram insatisfação com a situação. Thales chegou a afirmar que “não gosta muito” do rodízio e que isso atrapalha no rendimento individual dos líberos. Maique seguiu a mesma linha de pensamento e disse que, no começo, foi “meio complicado”. Mesmo assim, ambos se dispuseram a seguir as estratégias traçadas pela comissão técnica.

O treinador Renan Dal Zotto explicou o motivo do rodízio. Para ele, Thales e Maique têm características diferentes. O primeiro tem como virtude o passe, enquanto o segundo se destaca na defesa.

“Nós temos dois líberos que têm um nível muito bom, nível internacional, top. O Thales. no passe, é um dos melhores do mundo. Isso são números, não sou eu que estou falando. E o grupo tem uma confiança nele muito grande. Traz essa segurança. O Maique é um garoto que vem numa evolução fantástica. Defende como poucos no mundo. Difícil uma bola cair perto dele no contra-ataque”, disse o comandante.

Entretanto, o rodízio de líberos adotado pela comissão técnica já tem data para acabar. De acordo com Renan, após o Campeonato Mundial, apenas um líbero será usado para as duas funções. Isso acontece devido a preparação para as próximas Olimpíadas, em que são permitidos apenas a convocação de 12 atletas. Com isso, apenas um líbero será chamado.

Ranking Mundial

Nesta semana, a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) divulgou nova atualização do ranking mundial. Após baixo desempenho em competições internacionais, como Olimpíadas, Liga das Nações e Copa Pan-Americana, o Brasil caiu para quarto lugar.

Na competição do continente americano, a Seleção entrou em quadra com a equipe sub-21. As cinco derrotas fizeram o time perder quase 20 pontos no ranking, sendo ultrapassado pela Rússia, que está sem jogar desde o início do ano por conta da guerra com a Ucrânia.

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