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Edição Jornalística – PUC Minas

Esporte

Quantas vitórias o Cruzeiro precisa para ter a melhor campanha da história da Série B?

Líder isolado da Série B do Campeonato Brasileiro, com 53 pontos em 24 jogos, o Cruzeiro tem a possibilidade de bater o recorde de melhor campanha do atual formato da Série B

Foto: Thomas Santos / Staff Images

Por Pedro Leite, Sofia Gontijo e Lucas Marra

Além do acesso para a primeira divisão nacional, o Cruzeiro poderá atingir outra conquista nesta edição da Série B do Brasileiro. Líder isolado da competição, a Raposa poderá conseguir uma pontuação jamais alcançada na história do atual formato do torneio (alterado em 2006).

Atualmente, a equipe comandada por Paulo Pezzolano soma 53 pontos em 24 rodadas – 73,6% de aproveitamento. Em 2008, o Corinthians fez 85 pontos em 38 partidas. Para ultrapassar o recorde, os celestes terão que vencer 11 dos 14 jogos que restam – aproveitamento de 78,6% nos próximos jogos.

Outras campanhas históricas na competição foram feitas por Portuguesa, em 2011; Goiás, em 2012; e Palmeiras, em 2013. Em seus devidos anos, as equipes conquistaram 81, 78 e 79 pontos, respectivamente, e foram campeãs brasileiras.

Já disparado na liderança da Série B, o Cruzeiro poderá não ser campeão e mesmo assim ultrapassar a pontuação de times que conquistaram o título da segunda divisão. Em 2007, o Coritiba garantiu a taça com apenas 71 pontos. Para igualar a campanha, a Raposa terá que vencer seis dos 14 jogos restantes.

De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o time mineiro tem 87,6% de chance de ser campeão da Série B. Atualmente, o Cruzeiro lidera o campeonato com 10 pontos de vantagem do segundo e do terceiro colocados, Bahia e Grêmio, que têm 43 pontos.

Campanha dos campeões no atual formato da Série B

2006 – Atlético – 71 pontos – 20 vitórias

2007 – Coritiba –  69 pontos – 21 vitórias

2008 – Corinthians – 85 pontos – 25 vitórias

2009 – Vasco – 76 pontos – 22 vitórias

2010 – Coritiba – 71 pontos – 21 vitórias

2011 – Portuguesa – 81 pontos  – 23 vitórias

2012 – Goias – 78 pontos – 23 vitórias

2013 – Palmeiras – 79 pontos  – 24 vitórias

2014 – Joinville – 70 pontos  – 21 vitórias

2015 – Botafogo – 72 pontos  – 21 vitórias

2016 – Atlético-GO – 76 pontos – 22 vitórias

2017 – América – 73 pontos – 20 vitórias

2018 – Fortaleza – 71 pontos  – 21 vitórias

2019 – Bragantino – 75 pontos  – 22 vitórias

2020 – Chapecoense – 73 pontos  – 20 vitórias

2021 – Botafogo – 70 pontos – 20 vitórias

Primeiro turno de 2022

Com 42 pontos, o Cruzeiro atingiu a quarta melhor campanha da história dos pontos corridos. Em 19 jogos, conquistou 13 vitórias, três empates e apenas três derrotas.

Historicamente, a melhor campanha do primeiro turno foi a do Vitória, em 2012. Nesta ocasião, o time baiano fez 44 pontos. Logo em seguida, vem o Palmeiras de 2013 e o Criciúma de 2012, ambos com 42 pontos. A diferença para a campanha atual do time celeste foi no saldo de gols. 

Essa pontuação deu à Raposa o título simbólico de campeão do primeiro turno. Em oito das 16 edições, o título da Série B ficou com o líder do campeonato na primeira metade. Além disso, a liderança conquistada pelo Cruzeiro aumenta as chances de acesso à elite do futebol brasileiro. Desde 2006, apenas três times campeões do primeiro turno não subiram para a Série A. 

Cruzeiro nos pontos corridos

Mesmo que não atinja o recorde histórico em pontuação da Série B, que pertence ao Corinthians, o Cruzeiro poderá quebrar recordes individuais nos pontos corridos. A melhor campanha celeste foi feita em 2014, quando venceu 24 confrontos e conquistou 80 pontos. Já em 2010 e 2013, a Raposa fez 69 e 73 pontos, respectivamente.

Agora, sob o comando de Pezzolano, o Cruzeiro tem a possibilidade de ultrapassar a campanha de 2014. Atualmente, são 53 pontos. Para fazer mais de 80, serão necessárias pelo menos mais nove vitórias e um empate em 14 jogos.

Além do baixo desempenho da equipe em quadra, o comandante Renan Dal Zotto tem precisado administrar outra situação. O rodízio de líberos adotado pela comissão técnica desagrada tanto Maique quanto Thales, jogadores da função convocados frequentemente. Enquanto o primeiro é utilizado no momento da defesa, o segundo entra para potencializar o passe do time.

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