Manifestações pela Democracia repercutem nacionalmente
Ato pela democracia reuniu milhares de pessoas em todo o Brasil no último dia 11
Por: Pedro Barros, Nivaldino Sami e Wagner Lamounier
Na última quinta-feira (11), foram contabilizados 86 atos em 49 cidades espalhadas entre os 26 estados e o Distrito Federal. O evento teve como pautas principais a defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito, combatendo discursos e políticas do atual Governo.
O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a carta durante os atos pela democracia na última quinta. Em live semanal, ele a comparou com o livro da Constituição de 1988 e atacou seu principal adversário nas eleições de 2022:
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“Alguém discorda que essa daqui é a melhor carta à democracia? Alguém tem dúvida? Acha que outro pedaço de papel qualquer substitui isso daqui (com a Constituição em mãos) ? Já que o símbolo máximo do PT assinou a carta juntamente com a sua jovem esposa, eu pergunto: o PT assinou a carta de 1988?”
O principal candidato de oposição ao atual presidente não respondeu diretamente à fala, mas demonstrou seu apoio ao ato nas mídias sociais:
Outra fala que teve destaque no contexto das manifestações foi no ato da Avenida Paulista. Maria Cristina Quirino fez forte discurso sobre a violência policial, reivindicando que os próximos governos mudem as políticas que dão aval a ações truculentas por parte da polícia. Em sua fala, ela relembrou uma operação policial em um baile funk realizado em Paraisópolis, em 2019, quando seu filho Denys, de 16 anos, morreu junto com outros jovens em decorrência de ações da polícia.
Em Belo Horizonte, as manifestações ocorreram no Centro
Na capital mineira, o ato teve lugar na Praça Afonso Arinos, próximo à Faculdade de Direito da UFMG, e seguiu até a Praça Sete.
Além da leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, também foram lidas a Nota Pública da Faculdade de Direito da UFMG e o Manifesto à Nação em Defesa da Democracia, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O protesto levou cerca de 150 pessoas às ruas. Dentre apoiadores da causa estavam participantes de movimentos sociais, sindicatos, da Universidade Federal De Minas Gerais e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
“A PUC Minas, no estrito cumprimento de seu dever de formar e educar, faz coro neste marcante e histórico dia 11 de agosto” – diz comunicado da Reitoria da instituição.
