Banco Central planeja real digital
Anunciada como planejamento do Banco Central, moeda digital (ou real digital), terá funcionalidade prática da moeda tradicional.
por Anna Bracarence, Bianka Max, Cristiane Cirilo, Fernanda Bertollini, Marianna Ferry, Mathias Samer
A moeda digital (ou real digital) foi anunciada como em estágio de planejamento pelo Banco Central no último dia 24 de maio. A previsão é de que a versão digital do real entre em disponibilidade em, no mínimo, dois anos.
É importante notar o que isso significa na prática. A moeda digital é como se fosse a que nós já usamos, mas sem ser em papel. Ela será utilizada como meio de pagamento, não haverá qualquer tipo de remuneração, como ocorre nas criptomoedas, em que as pessoas buscam especulação. Ela será controlada pelo Banco Central, ou seja, a regularização ocorrerá pela autoridade monetária do país. Então, teria a funcionalidade prática da moeda tradicional no plano online.
A segurança, portanto, é bastante similar ao que já é padrão. Isso ocorre porque a distribuição do Banco Central seria diretamente para outros bancos, mantendo a padronização da segurança do banco virtual de cada sede. Essa modalidade monetária também não dependerá de mineração – registro de transações em blocos no Livro Razão (o blockchain).
As possibilidades de avanço no setor financeiro e comercial no país são diversas. Como muitos países já trabalham com situações similares, é possível prever o futuro do Brasil nesse setor. De acordo com o NuBank, por exemplo, o real digital permitiria a integração com os sistemas de pagamentos atuais, até mesmo não estando conectado com a internet. Também é possível a criação de uma carteira virtual, tendo como base a instituição financeira do indivíduo. E, além disso, a possibilidade de integração com inteligência artificial de pagamentos automatizados, como geladeiras “smart” que, de forma personalizada, conseguem identificar o alimento sem estoque no seu interior, efetuando a compra por encomenda do produto e pagando automaticamente.
Atualmente, o Banco Central busca ouvir sugestões da população para otimizar o real digital e atender às maiores demandas. As atuais funcionalidades declaradas pelo Banco são a visão atual sobre o tema, mas podem sofrer alterações de acordo com as sugestões do público.