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Edição Jornalística – PUC Minas

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Romeu Zema deve encerrar mandato com déficit de R$ 1,2 bilhão acima do que recebeu em 2018

Fernando Pimentel deixou o cargo, em 2018, com dívida de R$ 11,2 bilhões nas contas públicas

por André Viana, Maisa Dias, Nayara Gomes, Fabiana Meireles, João Costa, Tainara Diulle e Vitor Cardeal

Mesmo cortando gastos públicos e quitando parte das dívidas com fornecedores e municípios, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deve finalizar seu mandato em 2022 com déficit de R$ 12,4 bilhões. Se comparado com as contas públicas deixadas pelo seu antecessor, Fernando Pimentel (PT), o valor previsto registra aumento de R$ 1,2 bilhão.

Em 2018, quando Pimentel deixou o Estado, o déficit registrado foi de R$ 11,2 bilhões. Mesmo com medidas de regularização das dívidas, a nova administração não deve reverter o desequilíbrio estrutural das finanças de Minas Gerais. A projeção dada pelo governo estadual por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda pode sofrer alterações.

Vale ressaltar que o valor projetado da dívida no primeiro mandato de Zema é inferior aos R$ 16,2 bilhões previstos pelo orçamento de 2021.

Em entrevista ao jornal O Tempo, o economista do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, Adriano Porto, considera que a falta de apoio dos parlamentares na Assembleia Legislativa fez com que Zema não conseguisse aprovar medidas de ajuste fiscal. O economista também disse que o corte de despesas não é a melhor alternativa no momento, e que a outra forma de ajuste seria o aumento das receitas via arrecadação.

Apesar dos problemas fiscais, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas teve crescimento acima da média do brasileiro. Segundo a Fundação João Pinheiro, o PIB mineiro representou 9,2% do PIB nacional no último trimestre de 2020, e o crescimento é o primeiro na última década.

Zema deve encerrar seu mandato em Minas com déficit de R$ 12,4 bilhões
Imagem: Gil Leonardi/Imprensa-MG/Agência Minas

Deputado defende atual gestão

O líder de governo na Assembleia, Gustavo Valadares (PSDB), considera que o ano de 2019 seria um reflexo do governo Pimentel, uma vez que o orçamento foi assinado pela gestão no seu último ano de mandato. Sendo assim, o deputado defende a atual gestão, alegando que os dois governos não estão no mesmo patamar.

Gustavo Valadares (PSDB) defendeu o atual governador, atribuindo o resultado a antiga gestão estadual. Imagem: Reprodução/Twitter/Dep. Gustavo Valadares

Segundo o parlamentar, o governo Zema já pagou mais de R$ 3 bilhões em dívidas e também os salários atrasados deixados pela gestão Pimentel. “O governo Zema já conseguiu diminuir para duas vezes e não atrasar. Pagou 67% do 13º no mesmo ano”, disse a O Tempo.

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