Final do campeonato mineiro tem muita discussão e pouco futebol
Americanos reclamam de pênalti não marcado no fim do jogo, mas perderam a chance de abrir o placar no segundo tempo
por Anna Bracarense, Bianka Reinhardt, Cristiane Cirilo, Fernanda Bertollini, Marianna Ferry e Mathias Samer
A tão aguardada finalíssima do Campeonato Mineiro de 2021 terminou sem gols nos 90 minutos, consagrando assim o Atlético-MG como campeão. O time alvinegro ficou com o título por conta da vantagem obtida por ser primeiro lugar na 1ª fase da competição – empate nos dois jogos, ou uma vitória e uma derrota pela mesma diferença de gols – erguendo assim sua 46ª taça do estadual e aumentando para 8 a vantagem sobre o Cruzeiro, que tem 38.
O jogo não contou com grandes jogadas, mas os atletas de ambos os times perderam chances claras de gol, principalmente no primeiro tempo. Rodolfo, pelo América, errou um cabeceio na risca da pequena área; do lado alvinegro, Igor Rabello e Nacho Fernández pararam nas mãos de Matheus Cavichioli, que fez duas grandes defesas; fora isso alguns ameaças de cada lado.
A segunda etapa começou com tudo: aos 4 minutos, o árbitro Felipe Fernandes de Lima marcou pênalti para o Coelho após falta de Igor Rabello em Rodolfo. Na cobrança, o atacante americano chutou forte, mas no travessão, e no rebote o juiz marcou falta a favor do Atlético. O Galo então jogou se baseando na vantagem e só teve uma chance clara no segundo tempo, na cabeçada de Igor Rabello após escanteio.
Reclamações
Os jogadores e a comissão técnica do América reclamaram bastante com o árbitro após o jogo, por conta de um suposto pênalti não marcado em Eduardo Bauermann, mesmo após consulta ao VAR. Os comentaristas de arbitragem que estavam transmitindo o jogo acharam que foi pênalti.
Na segunda-feira (24), o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol, Juliano Lopes Lobato, avaliou os lances polêmicos do jogo e entendeu que o árbitro Felipe Fernandes de Lima acertou em todas as suas marcações.
O América discorda da decisão e, segundo Marcus Salum, responsável pelo Departamento de Futebol do América, a visita à sede da entidade só serviu para aumentar a certeza de que o clube foi prejudicado na reta final do clássico.
