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Projeto Reconstruindo Vidas de Piumhi lança linha natural de cosméticos com apoio de incubadora social

Instituição mineira participou do concurso da Hub Social e conquistou o 4º lugar; com o prêmio lançou a linha de cosméticos “Seivas do Cerrado”

por Paulo Rezende, Felipe Quintella, Bernardo Gobira, Bernado Caldeira, Victor Silveira e Marcelo de Angelis

O projeto Reconstruindo Vidas é uma instituição que atua na cidade de Piumhi, Centro-oeste de Minas Gerais. Há 21 anos atende crianças em situação de vulnerabilidade social, no contraturno escolar com atividades como apoio escolar, aulas de instrumentos musicais, musicalização infantil, informática, jiu-jitsu, karatê, apoio psicossocial, dentre outras. Além disso, atende também adolescentes com aulas de músicas, informática e canto coral, transformando a realidade social desses jovens.

Nessa pandemia, precisando se reinventar financeiramente, o projeto participou do concurso de empreendedorismo Hub Social, em Belo Horizonte, quando tiveram a ideia de lançar uma linha de produtos naturais. O Reconstruindo Vidas conquistou o 4º lugar entre 56 instituições. Com o dinheiro do prêmio e todo o suporte da Hub Social, nasceu o “Seivas do Cerrado”, que são sabonetes, xampus e condicionadores produzidos à base de extratos de plantas do cerrado, bioma característico de Piumhi e da maior parte de Minas Gerais.

Segundo a coordenadora da instituição, Belinha Soares, a inspiração do cerrado foi, além do bioma estar presente na cidade, também devido ao vigor de sua vegetação.

“Mesmo que passe uma queimada e mate todas as plantas, as sementes no solo rebrotam com mais vida. Assim é o Reconstruindo Vidas, mesmo com as dificuldades de um trabalho social, estamos sempre renascendo”, exaltou a coordenadora.

Belinha Soares contou que toda a produção é feita na própria instituição, de maneira artesanal e sustentável ao meio ambiente, já que, além de utilizar extratos e óleos essenciais das próprias plantas nativas, são embalados com papel e plástico vegetal reciclado e saquinhos de algodão reaproveitados de confecções de roupas de Piumhi.

Por enquanto os produtos são vendidos apenas nas lojas da cidade e com revendedoras parceiras, que são mães das crianças e adolescentes assistidos pela instituição, como uma maneira de emprego a essas mulheres.

“Nessa pandemia, com toda a dificuldade econômica que enfrenta o país, estamos dando essa oportunidade de trabalho para que elas possam melhorar também suas condições de vida”, revelou.

Belinha também comentou sobre outro ponto importante da iniciativa “Seivas do Cerrado”, que é a preservação ambiental e reflorestamento de áreas degradadas do cerrado mineiro.

“Na compra de qualquer produto da linha, a pessoa ganha de brinde uma semente de uma árvore ou planta típica do bioma cerrado. Junto a essa semente vêm todas as instruções de como plantar e preparar o solo para que possamos juntos reflorestar áreas degradadas. Essa é a nossa proposta, a força do cerrado agindo em seu corpo e reconstruindo vidas”, finalizou Belinha Soares.

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