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Edição Jornalística – PUC Minas

Economia

ALTA HISTÓRICA DO DÓLAR DURANTE A QUARENTENA

Dólar teve alta recorde no Brasil durante a pandemia da Covid-19

Marcella Dias Alves de Castro

O ano de 2020 começou movimentando o mundo todo com o aparecimento de uma doença nomeada de COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 . O coronavírus é de uma família de vírus que causam infecções respiratórias e seus principais sintomas são: tosse, febre, coriza, dor de garganta e dificuldade para respirar. As formas de transmissão do vírus são pelas gotículas de saliva, espirros, acessos de tosse, contato próximo a superfícies contaminadas, o que torna as aglomerações e contatos físicos um risco à saúde, principalmente, de pessoas com problemas respiratórios, diabetes, problemas no coração e quem tem mais de 60 anos.

Informações disponíveis no site do Ministério da Saúde:

https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca

O primeiro contágio de coronavirus teria acontecido em novembro de 2019 na cidade Wuhan, de acordo com uma investigação realizada pelo jornal “South China Morning Post”, de Hong Kong, baseada em dados do governo, mas somente em janeiro deste ano medidas começaram a ser tomadas com o crescimento do contágio. No Brasil, a primeira ação do governo foi realizada em fevereiro, quando 34 brasileiros que viviam na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, tiveram que ser repatriados.

Militar da equipe médica do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE) afere a temperatura de um dos brasileiros — Foto: Força Aérea Brasileira/Divulgação
Militar da equipe médica do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE) afere a
temperatura de um dos brasileiros — Foto: Força Aérea Brasileira/Divulgação

PRIMEIROS IMPACTOS NA ECONOMIA

No dia 24 de fevereiro, o Brasil já estava na lista de países em alerta para o coronavírus, e a primeira morte aconteceu na capital de São Paulo no dia 17 de março: um homem de 62 anos que tinha diabetes, hipertensão e hiperplasia prostática. O período foi marcado por medidas dos governos estaduais e federais para evitar aglomerações e promover o distanciamento social. Tal ação levou ao fechamento e diminuição no quadro de funcionários no comércio, indústrias, faculdades, museus, entre outros locais com grande aglomeração de pessoas. Primeiramente, nos grandes centros urbanos, fazendo com que o número de desempregados aumentasse de forma considerável. O país encerrou o mês de abril com a taxa de desocupação em 12,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

RJ, 28/04/2020 População anda de máscara nas ruas de Copacabana — Foto: Marcos Serra Lima/G1
RJ, 28/04/2020 População anda de máscara nas ruas de Copacabana
Foto: Marcos Serra Lima/G1

Toda a instabilidade do mercado financeiro causou variações frequentes no valor do dólar, que chegou a um recorde histórico em abril deste ano, fechando em R$ 5,6581, após comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

MERCADO DE CÂMBIO

O país regido pelo sistema capitalista é afetado diretamente pelo mercado de câmbio, pois a partir dele as pessoas conseguem realizar viagens ao exterior, que foram diretamente afetadas com a Covid-19, atingindo empresas aéreas e o setor de turismo no mundo todo. É por ele também que capitais estrangeiros são movimentados, possibilitando o comércio internacional, sendo ainda utilizado como forma de investimento e proteção financeira.

Fonte: Valor PRO

O dólar americano é a moeda mais forte do mundo e mantém-se assim mesmo em um momento de crise. Nesse caso, não é só o real que se desvaloriza, mas é o dólar que ganha muito valor. A Covid-19 acarretou uma crise no país, como a recessão da economia brasileira, desemprego, baixa das exportações e queda prevista do PIB. O dólar obteve altas sucessivas em relação ao real, que atingiu recorde na desvalorização entre emergentes até março deste ano.

Principais projeções do Boletim Focus para o final de 2020:


POLÍTICA VS DÓLAR

Desde o início do ano de 2020, o Brasil teve a saída de dois ministros da Saúde em plena pandemia da Covid-19, Luiz Mandetta e Nelson Teich, e conta agora com o ministro interino Eduardo Pazuello. Fatos como esse aconteceram em meio a pronunciamentos polêmicos do presidente Jair Bolsonaro que evidenciam descontrole e causam insegurança nos investidores estrangeiros, que deixaram de investir esse dinheiro no país, causando também o aumento do dólar, pois o  Tesouro americano se torna uma das poucas alternativas seguras para preservar o capital.

A moeda corrente no Brasil é o Real, mas a alta do dólar afeta diretamente o bolso dos brasileiros, já que grande parte dos produtos consumidos no país são importados ou têm alguma relação com produtos importados. A produção do pão francês tem como insumo principal o trigo, que é importado, de forma que o preço final do produto, aumente com a valorização do dólar. Outros produtos que sofrem o aumento direto no bolso do consumidor no Brasil com a valorização do dólar são os eletrônicos produzidos no exterior e importados para o país.

Saiba como driblar a alta do dólar para viajar no vídeo abaixo, publicado no canal de Youtube de Natalia Arcuri, especialista em finanças, apresentadora e jornalista brasileira, Me Poupe :

Todos os fatores da quarentena e da economia influenciam no comportamento dos consumidores. De acordo com o Zoom Buscapé, houve uma queda de 43% na procura por filmadoras e 30% de câmeras digitais, enquanto a busca por ítens de lazer para casa aumentaram, como a procura por videogames, que subiu 103%, e-books (60%) e tablets (30%).



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