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Região Metropolitana de Belo Horizonte corre risco de racionamento de água após decisão judicial

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) paralisou parte das obras do novo ponto de captação de água do rio Paraopeba, que vem sendo realizadas para evitar o racionamento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O desembargador Oliveira Firmo suspendeu uma liminar que garantia a desapropriação de terrenos de famílias de Brumadinho que não haviam chegado a um acordo com a Copasa nos terrenos necessários para a construção de uma nova adutora.

O Sistema Paraopeba, responsável por 43% do abastecimento da Grande BH, está parado após o ponto de captação de Brumadinho ser atingido pelos rejeitos do rompimento da barragem da Vale em janeiro deste ano. Em junho, a mineradora e a Copasa assinaram um acordo para a construção de uma nova estrutura para captação de água, que será construída a 12 quilômetros da que foi desativada. A previsão é de que a Vale invista R$ 450 milhões nas intervenções na região e o cronograma inicial era que as obras fossem finalizadas até setembro de 2020.

A Copasa informou que a decisão judicial não impede a continuidade das obras, mas que o terreno alvo de disputa é necessário para a construção da adutora. A Companhia, entretanto, disse que o prazo limite para o fim dos trabalhos (setembro de 2020) está mantido. Por outro lado, a  Vale declarou que não há previsão para o retorno das obras, já que a instalação de bombas subterrâneas ficou comprometida com a suspensão da liminar.

Arthur Lage, Augusto César, Caio Fábio, Leonardo Silva e Victor Lobato

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