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Edição Jornalística – PUC Minas

Política

20 de novembro é feriado em 15% das cidades brasileiras

Hoje é celebrado o Dia da Consciência Negra no Brasil, importante data que promove a reflexão e o debate da situação social, política e econômica das pessoas negras no País. A data faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola brasileiro e o último dos líderes do Quilombo dos Palmares. Um dos pioneiros na resistência contra a escravidão, a data corresponde ao dia da morte do líder. 

Em 2003, a data entrou no calendário escolar brasileiro e, em 2011, pela Lei 12.519 foi instituído oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Em relação aos municípios brasileiros, apenas 15% declaram a data como feriado. Todavia,  Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro já aprovaram leis estaduais que determinam o feriado de 20 de Novembro. 

Em Minas Gerais, com  853 municípios, apenas 11 cidades decretam feriado, são estas: Contagem, Betim, Guarani, Ibiá, Jacutinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Paraíba, Santos Dumont, Sapucaí-Mirim e Uberaba.  A Prefeitura de Belo Horizonte, por exemplo, não considera a data como feriado local. No Rio de Janeiro, é feriado nos 92 municípios. A capital paulista também para celebrar a data. 

Racismo estrutural 

O Dia da Consciência Negra é fundamental para propor o debate e pressionar os órgãos públicos e a sociedade à reflexão e à necessidade de mudança. Segundo dados da ONU, a população negra é a mais afetada pela violência no Brasil, tanto física quanto simbólica, o que reflete em vários campos como numa maior dificuldade de ascensão no mercado de trabalho. Em 2015, o salário médio dos homens brancos era de R$ 1.589,00, enquanto o dos homens negros era de R$ 898,00. 

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os negros representam 54% da população, e são 71% das vítimas de homicídio. Dos 13 milhões de desempregados no país, 8,3 milhões desses (63,7%) são considerados pretos ou pardos.


Monumento Zumbi dos Palmares no Rio de Janeiro
(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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