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Edição Jornalística – PUC Minas

Cidade

Joaninhas “produzidas” ajudam a combater pragas em Belo Horizonte

Projeto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) distribui insetos para auxiliar no manejo de áreas verdes

Ana Flávia Barbosa, Camilla Andrade, Luana Dias, Nádia Prado, Nicolle Gonçalves e Rafael Carelli

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está distribuindo joaninhas para ajudar no combate de pragas em áreas verdes e hortas urbanas. O projeto funciona numa biofábrica, localizada na Casa Amarela, do Parque das Mangabeiras.

Eliminando o uso de agrotóxicos e pesticidas, as joaninhas são usadas como combate natural a pragas e outras mazelas que atingem as plantações. O projeto ainda produz crisopídeos, espécie predadora das principais pragas agrícolas.

Tanto na fase larval, como na fase adulta, as joaninhas se alimentam de pulgões, ácaros e percevejos. Já as larvas de crisopídeos consomem pulgões, cochonilhas, ácaros, tripes, lagartas pequenas e mosca-branca.

As joaninhas “fabricadas” são entregues de forma gratuita a quem queira. Inicialmente, em caráter de teste, os insetos foram destinados apenas a produtores rurais e agricultura urbana.

Os crisopídeos e as joaninhas são distribuídas na forma larval e, na entrega, o cidadão recebe, também, serragem para alimentar os insetos e desenvolvê-los da melhor forma, sob orientação da prefeitura.

Devido a alta demanda de pedidos, a PBH estipula um prazo de um mês para a entrega dos insetos. O interessado deve enviar um e-mail para biofabrica@pbh.gov.br solicitando os animais. Um formulário deverá ser preenchido com informações sobre o tamanho da horta do requerente e o orgão determinará a quantidade de joaninhas e crisopídeos que serão entregues.

Inspiração internacional

O projeto de biofábrica da PBH foi inspirado em uma ação semelhante que já acontece na França. Lá, o Jardim Botânico da cidade de Caen também produz joaninhas e crisopídeos para controle de pragas urbanas e manejo de áreas verdes.

Por aqui, o projeto da prefeitura de Belo Horizonte, liderado pelo biólogo Wagner Resende, se tornou referência e será levado até a Universidade de Caen. Em uma série de visitas técnicas e atividades, a equipe brasileira vai trocar experiências com o time francês responsável pelo projeto por lá.

Desde 1980 o Jardim Botânico dedica-se também à produção em massa de joaninhas e crisopídeos para o controle agroecológico de pragas em horticultura, jardinagem e arborização pública, sendo referência neste aspecto para outras cidades da França, inclusive a capital Paris.

O convite partiu do prefeito de Caen, Joel Brunneau, e da Embaixada da França, por meio do Adido Cultural da Embaixada da França em Belo Horizonte e diretor-adjunto do Instituto Francês do Brasil para o Estado de Minas Gerais, Philippe Makany.

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