Ex-presidente da Câmara de Belo Horizonte é acusado de suposto suborno na votação do processo de cassação de seu mandato
Ana Beatriz Baêta e Lorraine Gomes.
Vereador Wellington Magalhães tem tornozeleira eletrônica retirada logo após suspeita de manobra para evitar a cassação do mandato
O vereador Wellington Magalhães (DC) foi denunciado pela segunda vez por supostas manobras dentro da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Além das acusações de quebra de decoro, fraudes e tráfico de influências, Magalhães poderá responder por suposto suborno a colegas de gabinete para votarem a favor dele no processo de cassação de seu mandato. A votação da cassação do mandato está prevista para acontecer no dia 23 deste mês.
Segundo o vereador Mateus Simões (Novo), há dentro da própria Câmara vereadores recebendo exorbitantes quantias de dinheiro, cerca de 200 mil reais. Em contrapartida, Magalhães afirma haver uma perseguição por parte do parlamentar por divergências políticas.
Alegando sentir-se ameaçado, Simões entrou com pedido de proteção policial ao Ministério Público Estadual, após o vazamento de um áudio divulgado pelo jornal MG2, da TV Globo, no qual Magalhães fala “Se eu tivesse um revólver… Eu tô chegando num limite de eu pegar um revólver, entrar dentro do gabinete e metralhar. Vou preso. Agora eu vou preso, eu vou satisfeito”.
De acordo com o Ministério Público, Welligton Magalhães é suspeito por desvio de R$ 30 milhões e também por comandar uma organização criminosa que fraudava licitações de publicidade na Câmara Municipal.
O vereador, que estava em prisão domiciliar, retirou nesta sexta-feira (8) a tornozeleira eletrônica, e a tramitação do processo contra ele foi suspensa por decisão da justiça, depois do interrogatório pelos integrantes da comissão processante e também por Simões.