Estudante de Medicina da UFMG é premiado na Holanda
Louison Mbombo elaborou projeto para erradicação da malária no Congo e foi reconhecido por coalizão científica na Europa
Ana Flávia Barbosa, Camilla Andrade, Luana Dias, Nádia Prado, Nicolle Gonçalves, Rafael Carelli
O universitário Louison Mbombo, estudante de Medicina da UFMG, conquistou o prêmio de Melhor Inovação Humanitária 2019, dado pela The Dutch Coalition for Humanitarian Innovation (DCHI). A premiação aconteceu no último dia 1°, sexta-feira, em Amsterdã, na Holanda
O projeto de Mbombo utiliza inteligência artificial e ferramentas de Google e Microsoft para detectar possíveis surtos de malária e planejar estratégias de prevenção e controle da doença.
Os dados utilizados pelo estudante vêm de postos de saúde na República Democrática do Congo, seu país natal.
Com esses algoritmos, Louison e sua equipe pretendem, ainda, desenvolver um aplicativo para a população congolesa. O app permitirá identificação de regiões potencialmente expostas à malária e postos de saúde próximos.
O congolês foi um dos três indicados pela coalização, que busca e apoia projetos de assistência social e pesquisa científica ao redor do mundo que ajudem pessoas em crises humanitárias e naturais. A coalização é formada por cientistas e instituições holandesas.
O Congo é um dos países que mais sofre com a malária no continente africano. Segundo a ONG Solidariedade na Mokili, criada por Louison, 25 milhões de casos da doença já foram registrados no país da África Central. Além disso, 40% da população do país utiliza recursos financeiros apenas para tratamento da doença.