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Edição Jornalística – PUC Minas

Sociedade

Temporal atinge Belo Horizonte e assusta moradores

Pessoas ficaram ilhadas e casas inundadas em vários pontos da capital mineira

Por: Anna Clara Andrade, Érika Giovannini, Ilsa Martins, Lara Lopes, Luís Gustavo Gurgel, Matheus Leão

Após meses de sol forte e tempo seco, Belo Horizonte sofreu com a tempestade que aconteceu na tarde da última terça-feira, dia 29 de outubro. Inundações e desabamentos deixaram alguns feridos na capital, além de motoristas ilhados dentro de seus próprios veículos. Diferentemente da chuva de sábado (26), que atingiu pontos isolados da cidade, desta vez as regiões Norte, Nordeste e Barreiro foram bastante afetadas. 

Um homem de 53 anos, identificado como Luiz, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros após ficar quatro horas soterrado nos escombros de um muro, que desabou durante a chuva no bairro Bonsucesso, região do Barreiro. 

A Escola Estadual Melo Viana, no bairro Carlos Prates, ficou alagada. Os bombeiros foram acionados para auxiliarem na retirada de alunos e funcionários que ainda estavam dentro da instituição.

O bairro Tupi foi um dos que mais sofreram com o temporal, duas casas ficaram inundadas. Em uma delas havia um bebê de apenas 15 dias. Viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. Em entrevista ao jornal “O Tempo”, a dona da casa, Maria Angélica Nunes Reis, de 49 anos, afirmou que um cano estourado, localizado debaixo da igreja evangélica, teria entupido e provocado a inundação. 

“A primeira preocupação nossa foi com a bebê. Corremos com ela para a casa da avó. Quando começou a chover forte, a laje trincou e começou a descer água, inundando a casa toda. Depois, o cano entupiu”, disse Angélica.

Em algumas ruas da capital a água chegou à altura dos faróis dos carros e os motoristas ficaram impossibilitados de sair. Na Avenida Tereza Cristina, pessoas ficaram à deriva em cima de veículos que boiaram.

Avenida Tereza Cristina alagada devido a forte chuva

 A Defesa Civil também recomendou que alguns estabelecimentos fechassem as portas mais cedo na mesma avenida, no bairro Betânia, e também na Av. Vilarinho, em Venda Nova, como medida de segurança. 

Nem mesmo a Cidade Administrativa escapou do temporal. Vídeos e fotos nas redes sociais mostram o estacionamento subterrâneo alagado, o que impossibilitou que os funcionários deixassem o local.

O Corpo de Bombeiros registrou, até as 19 horas, 11 chamadas relacionadas à chuva. Já a Defesa Civil registrou 51 chamadas durante a tarde e, pouco antes das 19h, fez uma publicação em sua página do Twitter alertando a população: “Recomenda-se atenção no decorrer destas duas horas, pois ainda há possibilidade de ocorrerem novas chuvas com maior intensidade”.

O último boletim da Defesa Civil nessa terça-feira faz balanço da intensidade da chuva nas regiões da capital: Região Norte – 112,6 mm; Nordeste – 100,6 mm; Barreiro – 91 mm; Noroeste – 60,2 mm; Oeste – 72,6 mm; Venda Nova – 69,6 mm; Pampulha – 56,2 mm; Centro-sul – 61,2 mm;e Leste – 37,8 mm.

Para esta quarta-feira (30), a previsão do tempo indica que o dia será de céu parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas. A temperatura mínima na madrugada foi de 16°C, a máxima estimada é de 32°C e a umidade relativa do ar em torno de 45% à tarde.

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