A grandeza dos brasileiros no Circuito Mundial de Surfe e o pequeno espaço dessas conquistas na imprensa do país
Por Raíssa de Oliveira e Weigley Adriano
Em 2014 o Brasil foi notícia no mundo ao se consagrar campeão mundial. Ao contrário do que muitos esperavam, não foi o futebol a maior alegria daquele ano. O surfista Gabriel Medina aos 20 anos se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o título de campeão mundial de surfe. A modalidade esportiva, até então pouco conhecida, foi evidenciada em todo o país.
Desde então, o surfe brasileiro vive um momento vencedor no cenário internacional. A assim chamada “Brazilian Storm” – forma como os surfistas do Brasil são chamados no circuito da WSL- tomou de assalto o surfe mundial nos últimos cinco anos. Os números não mentem.
O Brasil ganhou a maioria das etapas do CT em 2015, com Mineirinho, Filipe Toledo e Medina chegando na última etapa de 2015 com chances de título. Naquele ano, o brasileiro, Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o campeão do circuito mundial. A tempestade brasileira no surfe mostrou que não é passageira e em 2018, Gabriel Medina foi bicampeão mundial. Com as conquistas da “Brazilian Storm” a modalidade se consolidou no País.
No mundo, a modalidade ganhou mais força ao ser anunciada como um esporte olímpico. Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou o surfe nos Jogos de Tóquio 2020. E a presença dos surfistas brasileiros na Olimpíada é certa.
No circuito mundial deste ano, os brasileiros Gabriel Medina e Filipe Toledo são os Líderes do ranking. Rivais na briga pelo título do circuito mundial de surfe e possíveis companheiros de equipe pelo Brasil na estreia da modalidade no programa olímpico em Tóquio 2020, Gabriel Medina e Filipe Toledo disseram, em entrevista ao canal “Olympic Channel”, que são, antes de tudo, grandes amigos. Frente a frente em baterias desde a infância, os dois apontam a competitividade como um aspecto positivo da relação, algo que ajudou ambos a evoluírem como surfistas.
Apesar disso, os grandes veículos de comunicação do Brasil se mostraram muitas vezes omissos em coberturas do Mundial de Surfe. No país do futebol, outras modalidades são negligenciadas pela mídia. É o que a estudante de jornalismo, Raíssa de Oliveira (21), mostra em sua análise sobre a cobertura do Circuito Mundial de Surfe (WSL) na imprensa brasileira nos últimos 5 anos. Ouça abaixo: